Agora não me encho mais de palavras bonitas, meu vazio transborda, minha vodka acabou.
Criado à minha imagem e semelhança pra que eu possa dividir com ele e com você as coisas que me tornam assim como eu sou.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Antes de dormir
As vezes me bate aquela nostalgia
Das manhãs preguiçosas em que não queiriamos acordar
Dos nossos corpos quentes enquanto a noite gemia de frio
Dos nossos olhares indiscretos à mesa
Nostalgia dos nossos planos bobos de futuro
Planos, só planos, rasos
Talves seja só isso mesmo
Corpos quentes, noites frias, planos bobos
NostalgiaO Louco
NADA
Tantos verbos no infinitivo
Tantos adjetivos usados
Tantos pronomes possessivos
Sujeitos sem predicado
Só "eu" e "você"
Tantos superlativos, hipérboles
Quando tudo se resume numa métrica perfeita de quatro letras
N-A-D-A
O Louco
sábado, 13 de novembro de 2010
Por um momento
Por um momento eu achei que tudo poderia ser como naqueles musicais, que eu odeio, onde todo mundo acorda feliz com os pássaros na janela, e saem cantando pela rua.
Por um momento achei que nosso comercial de margarina, com uma apê decorado do nosso jeitinho, um trabalho legal e uma filhinha nunca fosse acabar.
Por um momento eu achei que esse lance de "a pesssoa certa" relamente existisse e pior, achei que fosse você, com sua barba perfeita e cara de bebê.
Por um momento eu fui aquele apaixonadinho idiota de novela das seis, que eu tanto ridicularizava.
E por um momento eu achei que amar, significasse amar você, é, por um momento....
O Louco
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Eu te amo (Tom Jobim / Chico Buarque)
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Estação de Trem
O louco
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O que me enlouquece
Me enlouquece correr de pés descalços na chuva,
Me enlouquece as tempestades e toda braveza do universo,
Me enlouquece as noites de conversas sem fim e sem propósitos,
Me enlouquece escutar aquela música, naquele momento, e achar que foi feita pra mim,
Me enlouquece dançar como se meu pés não tocassem o chão e a noite não tivesse fim.
Me enlouquece olhar a lua pela janela
E saber que, enquanto ela passa pelo meu quarto, é só minha.
Me enlouquece quando a noite parece serenar dentro de mim
E eu me sinto transbordado por ela, o seu mais fiel vassalo.
Me enlouquece quando acordo com você entrelaçado a mim
E seu corpo, por inteiro, me suplica carinho.
Me enlouquece o gosto de chiclete na sua boca
E como ela sabe percorrer meu corpo como se tivesse meu mapa.
Por fim, percebo que enlouquecer é o que me torna tão real e tão lúdico ao mesmo tempo
Me enlouquece essa dicotomia de mim mesmo.
O Louco
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